ru

Strategic Culture Foundation

Strategic Culture Foundation
24 Apr 2024 | 4:04 pm

1. A Argentina se inscreve para se tornar um “parceiro global” da OTAN, enquanto a Colômbia, um Estado cliente de longa data dos EUA, busca a adesão ao BRICS


Nick Corbishley

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Quando se trata de política externa, o governo argentino de Javier Milei parece ter apenas um princípio orientador: alinhar-se aos EUA e a Israel o mais fortemente possível, custe o que custar. Como relatei na terça-feira, parece que ele pretende envolver a Argentina em conflitos a milhares de quilômetros de distância, inclusive na Ucrânia e no Oriente Médio. Ontem (quinta-feira, 18 de abril), ouvimos mais uma confirmação disso quando o Ministro da Defesa do país, Luis Petri, anunciou de Bruxelas que havia entregue uma carta à sede da OTAN expressando o interesse da Argentina em se tornar um Parceiro Global da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"Encontrei-me com Mircea Geoana, vice-secretário geral da OTAN", disse Petri. "Apresentei a carta de intenções que expressa o pedido da Argentina para se tornar um parceiro global dessa organização. Continuaremos a trabalhar para recuperar os vínculos que nos permitem modernizar e treinar nossas forças de acordo com os padrões da OTAN."

Veja o que o site oficial da OTAN tem a dizer sobre o desenvolvimento:

"É um grande prazer dar as boas-vindas ao Ministro da Defesa Petri à sede da OTAN", disse o Sr. Geoană. "A Argentina desempenha um papel importante na América Latina, e eu acolho o pedido de hoje para explorar a possibilidade de se tornar um parceiro da OTAN. A OTAN trabalha com uma série de países em todo o mundo para promover a paz e a estabilidade. Uma cooperação política e prática mais estreita pode beneficiar a ambos".

Os dois líderes trocaram opiniões sobre os desafios de segurança europeus e latino-americanos. O secretário-geral adjunto elogiou o papel da Argentina no apoio à Ucrânia com assistência humanitária vital, incluindo alimentos, medicamentos e apoio aos refugiados.

É isso mesmo: A Argentina, cuja economia está sob o domínio de uma crise estagflacionária brutal, em grande parte causada pelo próprio governo (embora os governos anteriores certamente tenham feito a sua parte), onde as fileiras de pobres estão crescendo a uma taxa de um milhão por mês e onde os gastos públicos e os subsídios estão sendo cortados, até mesmo para os cada vez mais procurados refeitórios e bancos de alimentos, está enviando alimentos, remédios e outras formas de apoio para a Ucrânia do outro lado do oceano.

Expansão global da OTAN

A OTAN, a maior aliança militar permanente do mundo, tem atualmente oito parceiros globais, dos quais apenas um está na América Latina. Esse país é a Colômbia, que, ironicamente, está tentando entrar para o BRICS (mais sobre isso adiante), a organização intergovernamental de nove países cujos novos membros deveriam incluir a Argentina. Mas Milei cancelou a entrada da Argentina. Os outros sete parceiros globais da OTAN são Austrália, Iraque (que não teve muita escolha na questão), Japão, Mongólia, Nova Zelândia, Paquistão e Coreia do Sul. O Afeganistão também era membro, novamente com pouca escolha na questão, mas foi suspenso em 2021 após a retirada desordenada das tropas dos EUA do país.

O comunicado de imprensa da OTAN observa que qualquer decisão sobre uma parceria formal exigiria o consenso de todos os 32 Aliados, incluindo o Reino Unido, o rival histórico da Argentina, que poderia, se quisesse, atrapalhar o processo, embora isso seja improvável. Um obstáculo muito maior é o fato de que, antes de aderir, Milei precisa buscar a aprovação do Congresso argentino, e isso está longe de ser garantido, considerando o pouco apoio que seu partido tem nas duas câmaras legislativas.

De acordo com o seu site oficial, o envolvimento da OTAN com parceiros globais está assumindo uma importância cada vez maior "em um ambiente de segurança complexo, no qual muitos dos desafios que a Aliança enfrenta são globais e não estão mais limitados pela geografia":

O envolvimento da OTAN em áreas fora de sua região imediata – incluindo o Afeganistão e a Líbia – aumentou a necessidade e as oportunidades de uma maior interação global. É claro que o surgimento de ameaças globais exige a cooperação de uma gama maior de países para enfrentar com sucesso desafios como o terrorismo, a proliferação, a pirataria ou os ataques cibernéticos. O diálogo com esses países também pode ajudar a OTAN a evitar crises e, quando necessário, gerenciar uma operação em todas as fases.

Agenda 2030 da OTAN (definida em junho de 2021) estabelece o compromisso de fortalecer as relações da OTAN com parceiros que pensam da mesma forma e forjar novos compromissos na África, Ásia e América Latina. Em novembro de 2021, o Conselho do Atlântico (braço político da OTAN) levantou a possibilidade de adesão do México. Como o Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica CELAG observou em seu documento de 2022, "What Is NATO Doing in Latin America?" (O que a OTAN está fazendo na América Latina?), um dos principais atrativos da América Latina para a OTAN é a mão de obra:

O Brasil tem 334.500 militares ativos, a Colômbia 200.000 e a Argentina 51.309 (dados de 2018). A OTAN tem 3,5 milhões de militares e civis ativos. Somente o Brasil e a Colômbia contribuiriam com mais ativos do que os membros europeus anexados à OTAN na década de 1990 (Macedônia do Norte, Montenegro, Albânia, Croácia, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, República Tcheca e Hungria). A Argentina tem ativos semelhantes aos da Bulgária (24.800) e da República Tcheca (25.000) juntos.

Outro motivo pelo qual a OTAN, assim como os EUA, está interessada na América Latina é a influência crescente da China e, em menor grau, da Rússia na região. A superpotência asiática já é o maior parceiro comercial da América do Sul. Nos últimos anos, os EUA iniciaram um plano agressivo para voltar a se envolver com sua vizinhança direta após décadas de relativo desinteresse. A ascensão da China na América Latina coincidiu quase perfeitamente com a Guerra Global contra o Terror liderada pelos EUA, como observei em meu artigo de agosto de 2021, The US Is Losing Power and Influence in Its Own "Backyard":

Enquanto Washington desviava sua atenção e seus recursos de sua vizinhança imediata para o Oriente Médio, onde desperdiçava trilhões de dólares espalhando o caos e a morte e criando novos terroristas, a China começou a se apoderar dos recursos da América Latina. Os governos de toda a região, do Brasil à Venezuela, ao Equador e à Argentina, deram uma guinada para a esquerda e começaram a trabalhar juntos em vários fóruns. Nascia o superciclo das commodities.

O comércio da China com a região cresceu 26 vezes entre 2000 e 2020, de US$ 12 bilhões para US$ 315 bilhões, e espera-se que mais do que dobre até 2035, para mais de US$ 700 bilhões. Nos últimos 20 anos, a China passou de uma posição quase insignificante como fonte de importações e destino de exportações na região para se tornar seu segundo parceiro comercial, às custas não apenas dos EUA, mas também da Europa e de alguns países latino-americanos, como o Brasil, cuja participação no comércio inter-regional caiu. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, "a China se aproximará – e poderá até ultrapassar – os EUA como o principal parceiro comercial da ALC. Em 2000, a participação chinesa foi responsável por menos de 2% do comércio total da ALC. Em 2035, ela poderá chegar a 25%".

À frente do plano de Washington para retomar o domínio da América do Sul está a general Laura Richardson, comandante do Comando Sul dos EUA, sobre a qual o jornal argentino La Nación descreveu em uma manchete recente como "a general americana que trabalha dia e noite para impedir o avanço da China na América Latina". Richardson visitou o país duas vezes somente no mês passado.

A missão de Richardson é dupla: primeiro, combater a influência chinesa e russa na região. A América Latina está repleta de recursos inestimáveis, incluindo elementos de terras raras, lítio, ouro, petróleo, gás natural, petróleo bruto leve e doce, cobre, colheitas abundantes de alimentos e água doce. E o governo e os militares dos EUA, bem como as corporações cujos interesses eles atendem, estão de olho em todos eles. Como lamentou o jornalista e apresentador de notícias argentino Carlos Montero em 2021, seria bom viver em um mundo em que os EUA não estivessem interessados na América Latina pelas riquezas que poderiam saquear, mas para ajudá-la a deixar de ser a região mais desigual do mundo.

A melhor venda

O General Richardson não é a única autoridade sênior dos EUA que passou pelos corredores da Casa Rosada da Argentina nos últimos dois meses. O mesmo aconteceu com o Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, e o Diretor da CIA, William J. Burns.

Os resultados falam por si. Nesses dois meses, o governo de Milei assinou um memorando de entendimento com os Estados Unidos, permitindo que membros do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA operassem ao longo da hidrovia Paraná-Paraguai, incluindo grandes partes da bacia do Rio da Prata, por onde passam cerca de 80% de todas as exportações argentinas. O país concordou em comprar US$ 300 milhões em caças F-16 de segunda mão, com 40 anos de uso, da Dinamarca, com a ajuda de financiamento dos EUA. Também anunciou o estabelecimento de uma base naval dos EUA em Ushuaia, na ponta sul da Terra do Fogo, frequentemente descrita como a última parada antes da Antártica.

Acusado de vender a soberania de seu país por aparentemente nada em troca, Milei argumentou, com uma cara séria, que permitir a instalação de uma base militar dos EUA em Usuahia é o maior ato de soberania dos últimos 40 anos, pois fortalecerá as reivindicações territoriais da Argentina sobre a Antártida.

Como se isso não bastasse, Milei discutiu o envio de armas e até mesmo de pessoal militar para a Ucrânia. Ele também expressou o "apoio inabalável" da Argentina ao Estado de Israel, mesmo quando este comete genocídio em Gaza. Em uma entrevista televisionada há três dias, a Ministra do Interior de Milei, Patricia Bullrich, membro sênior da casta política que Milei jurou derrubar, resumiu a posição geopolítica da Argentina nos termos mais claros possíveis:

Estamos com Israel por convicção. Estamos com Israel, com os EUA, com a Europa, com o mundo ocidental, por convicção. Porque acreditamos na filosofia da democracia, na defesa dos direitos humanos, em países livres onde as pessoas podem levar a vida que escolherem livremente…

A neutralidade não é a posição da Argentina. Mensagens politicamente corretas, como as que pedem paz, não são a posição da Argentina. A posição da Argentina é que ela estará ao lado dos Estados que pertencem à democracia (sic), ao mundo ocidental, que compartilham valores com a Argentina, independentemente de tudo correr bem ou mal.

E essa, caros leitores, é a abordagem do governo de Milei em relação à política externa, conforme definida por seu ministro da segurança, cuja responsabilidade, é claro, não inclui a política externa. Com base nesse raciocínio, faz todo o sentido que o governo queira participar da OTAN como parceiro global.

É claro que há uma série de razões pelas quais os EUA e seus aliados da OTAN gostariam de ter a Argentina como parceira. Aqui estão alguns deles, apresentados por Sacha Llorenti, ex-embaixador da Bolívia nas Nações Unidas:

  • Desestabilizar a região.
  • Impedir qualquer esforço de integração regional.
  • Expandir a presença militar dos Estados Unidos e de Israel.
  • Aproprie-se de um dos vértices do triângulo de lítio.
  • Turvar as águas do genocídio de Israel em Gaza e estabelecer uma presença da OTAN na América do Sul.
  • Envolver a região em conflitos armados atuais e futuros.

Esse último ponto é importante. Conforme relatamos nos últimos dois anos, os países latino-americanos, assim como a maior parte do chamado "Sul Global", não querem se envolver no conflito da Ucrânia. O único governo da região que apoiou as sanções da UE e dos EUA contra a Rússia em grande medida foi a Costa Rica. Agora, há dois novos governos – Argentina e Equador, ambos atrelados ao Fundo Monetário Internacional – que estão determinados a cumprir as ordens coletivas do Ocidente na política externa, não apenas na Ucrânia, mas também no Oriente Médio e em sua vizinhança direta.

Um artigo do The Intercept revela como o governo em apuros de Daniel Noboa no Equador, atualmente um membro temporário do Conselho de Segurança da ONU, foi mobilizado pelo governo Biden para pressionar outros países no Conselho a não apoiarem a condição de Estado palestino na próxima votação. O governo Biden relutou em usar seu veto no Conselho para bloquear o reconhecimento da condição de Estado palestino, já que em público ele afirma apoiar uma solução de dois Estados. Em vez disso, usou membros procuradores como o Equador para tentar fazer com que outros países mudassem seu voto na esperança de que a maioria votasse contra a resolução:

Um segundo telegrama, datado de 13 de abril, enviado da Embaixada dos Estados Unidos em Quito, Equador, relata a concordância da ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, com os Estados Unidos de que a Palestina não deveria ser reconhecida como Estado. Em cooperação com os Estados Unidos, de acordo com o telegrama, Sommerfeld instruiu o representante permanente do Equador nas Nações Unidas, José De La Gasca, a fazer lobby junto ao Japão, Coreia e Malta (todos membros rotativos do Conselho de Segurança) para rejeitar a proposta. O lobby do membro permanente França também foi mencionado.

Sommerfeld concordou, de acordo com o telegrama, que "era importante que qualquer resolução proposta não conseguisse obter os votos necessários sem o veto dos EUA". O telegrama diz que "o Equador não gostaria de parecer isolado (sozinho com os Estados Unidos) em sua rejeição de uma resolução sobre a 'Palestina' (particularmente em um momento em que a maioria dos estados membros da ONU está criticando o Equador por sua incursão em 5 de abril na embaixada do México em Quito)". O Equador se encontra em um conflito crescente com o México por causa de sua decisão de prender o ex-vice-presidente equatoriano dentro da embaixada mexicana…

"Isso realmente mostra até que ponto o governo [do presidente equatoriano Daniel] Noboa está em dívida com os Estados Unidos", disse Guillaume Long, membro sênior do Centro de Pesquisa Econômica e Política, com sede em Washington, e ex-ministro das Relações Exteriores do Equador, ao Intercept, quando recebeu o telegrama. "Além disso, é bastante chocante ver os Estados Unidos, que condenaram a invasão da embaixada mexicana pelo Equador em 5 de abril e sua violação do direito internacional (…) aproveitando ao máximo o isolamento do Equador no hemisfério para fazer com que o país cumpra suas ordens. O Equador está apenas comprando sua saída de seus crimes cometendo mais crimes. É realmente chocante", disse Long, referindo-se à rejeição do Equador à adesão da Palestina à ONU.

No final, os EUA usaram seu poder de veto para bloquear a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que aceitava a Palestina como membro pleno da ONU, alegando, ao mesmo tempo, que ainda apoiavam a condição de Estado palestino.

"Our veto against Palestinian statehood does not reflect opposition to Palestinian statehood"

When you go full Orwellian doublespeak.pic.twitter.com/w8RdZtvuKy

— Arnaud Bertrand (@RnaudBertrand) April 19, 2024

Rumores sobre o Hezbollah

Como relatei na terça-feira, um dos resultados da recente visita do diretor da CIA, Burns, a Buenos Aires foi um acordo para que a Argentina conduzisse a inteligência sobre as ameaças terroristas na região, principalmente do Hezbollah, do tráfico de drogas e na "Tríplice Fronteira", uma área de três fronteiras ao longo da junção da Argentina, Brasil e Paraguai, onde os rios Iguaçu e Paraná convergem. Parece que a parte do Hezbollah nesse acordo já está em pleno andamento. Da Página 12 (tradução minha):

A Ministra da Segurança (Patricia Bullrich) saiu pela boca em uma entrevista dizendo que a posição argentina em relação ao conflito entre Israel e Irã não é "pedir paz", mas apoiar Israel e todas as suas ações beligerantes. Em meio a isso, Bullrich disse que a Argentina "está em uma área onde há uma presença ativa de duas forças que são aliadas, uma diretamente, do Irã. Uma delas, o Hezbollah, está na tríplice fronteira do Paraguai, Brasil e Argentina".

Bullrich também alegou que o grupo de combate libanês havia sido detectado em Iquique, no norte do Chile, em São Paulo, no Brasil e no Peru. Ela também afirmou que "membros iranianos da Força Quds, um dos ramos armados" da Guarda Revolucionária Iraniana, estão presentes na Bolívia e que o governo argentino está verificando suas fronteiras com a Bolívia para ver se "pessoas que não falam espanhol e que têm passaportes bolivianos entram". Em seguida, ela teve que esclarecer que ninguém havia sido visto tentando entrar na Argentina, "mas é uma hipótese que estamos tratando como uma possibilidade" – nesse caso, por que mencioná-la, a não ser para semear a discórdia?

E foi exatamente isso que aconteceu. As palavras de Bullrich provocaram uma resposta feroz dos governos do Chile e da Bolívia. O presidente chileno Gabriel Boric pediu a Bullrich que "fosse responsável e não fizesse declarações tão imprudentes". De fato, o governo chileno convocou a funcionária argentina por meio de sua representação diplomática, dizendo-lhe: "Se você tem acusações sérias, deve entregá-las às autoridades legais do Chile e deixá-las se comunicar por meio do Ministério das Relações Exteriores".

Do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia: "Negamos e rejeitamos enfaticamente as alegações de que a Bolívia abriga em suas fronteiras pessoas que espalham terror, insegurança e ansiedade. Essas acusações não têm provas ou documentação e são feitas sem qualquer base." La Paz também descreveu as alegações como provocações destinadas a envenenar "as relações entre Estados e povos que compartilham as mesmas raízes" e aspirações.

É interessante notar que Bullrich se desculpou rapidamente com seus colegas chilenos, mas não demonstrou nenhuma inclinação para fazer o mesmo com o governo boliviano.

Colômbia busca adesão ao BRICS

Por fim, vale a pena observar que os alinhamentos geopolíticos não estão apenas mudando a favor de Washington. O governo de esquerda da Colômbia, um estado cliente de longa data dos EUA, com pelo menos oito bases militares em seu território, expressou um grande interesse em participar do grupo BRICS. Após uma reunião com o Presidente Lula da Silva, do Brasil, durante a inauguração da 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá, o Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou sua intenção de se candidatar a membro do BRICS "o mais rápido possível".

O presidente Lula recebeu a notícia com satisfação, dizendo que fará todo o possível para promover a candidatura da Colômbia. Lula já sofreu o constrangimento da eventual rejeição do convite da Argentina para participar do BRICS, mas está claramente interessado em que outro país latino-americano tome seu lugar. A Colômbia, com a quarta maior economia da América do Sul, depois do Brasil, Argentina e Chile, é uma escolha óbvia. Outros países latino-americanos interessados em participar do bloco são a Bolívia e a Venezuela.

Ao mesmo tempo, a Colômbia continua firmemente sob o controle do Comando Sul dos EUA. Atualmente, os EUA têm sete bases militares formais na Colômbia, de acordo com a CELAG. Outros relatórios que encontrei sugerem que podem ser oito. Além disso, um novo projeto militar está em andamento no Parque Nacional Natural Gorgona, uma ilha intocada localizada no sul do Pacífico colombiano. O projeto é para a construção de uma subestação da Guarda Costeira financiada pela Embaixada dos Estados Unidos por meio da Seção de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei, e sofre forte oposição de moradores locais, ONGs e grupos ambientais.

No entanto, as relações entre Washington e Bogotá azedaram nos últimos meses, em grande parte devido à condenação ferrenha de Petro aos crimes de guerra israelenses em Gaza e sua recusa em condenar o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. Há algumas semanas, os EUA responderam da mesma forma, excluindo a Colômbia do "seleto grupo" de países que se beneficiam de fundos adicionais dos EUA. De acordo com o congressista republicano dos EUA Mario Díaz-Balart, a decisão foi tomada em resposta às recentes palavras e ações do governo colombiano que vão contra os interesses estratégicos dos EUA.

Publicado originalmente por: Naked Capitalism
Tradução: Comunidad Saker Latinoamericana

Strategic Culture Foundation
24 Apr 2024 | 3:56 pm

2. Abriendo la puerta del diablo en Asia-Pacífico


Las Fuerzas de Autodefensa Japonesas (JSDF) han estado orientadas a la seguridad interna, aunque eso está cambiando. Japón es socio indopacífico de la OTAN, junto con Corea del Sur y Nueva Zelanda. Ha contribuido a las operaciones de la OTAN en Afganistán y los Balcanes, y mantiene la interoperabilidad con la alianza. Este año se va a crear en Tokio una oficina de enlace de la OTAN para cooperar con Australia, Japón, Nueva Zelanda y Corea del Sur.

Mick Hall

Únete a nosotros en Telegram Twitter  y VK .

Escríbenos: info@strategic-culture.su

Aumentan las tensiones políticas en la región Asia-Pacífico después de que una cumbre celebrada en Washington diera indicios de que Nueva Zelanda, Japón y Filipinas avanzan hacia una mayor integración con el bloque militar liderado por Estados Unidos en la región.

I-1
El presidente Ferdinand Marcos Jr. con el presidente estadounidense Joe Biden en la Casa Blanca el 1 de mayo de 2023. (Casa Blanca, Adam Schultz)

El presidente filipino, Ferdinand Marcos hijo, el primer ministro japonés, Fumio Kishida, y el presidente estadounidense, Joe Biden, asistieron el jueves a una cumbre trilateral, en la que anunciaron un acuerdo para mejorar las operaciones militares, incluidas maniobras navales conjuntas junto a Australia en el disputado Mar de China Oriental.

Este acuerdo se produjo tras una declaración conjunta realizada el martes pasado por Australia, el Reino Unido y Estados Unidos en la que se confirmaba que Japón era candidato a unirse al «Pilar II» de la alianza de submarinos nucleares AUKUS de las naciones, establecida como parte de los preparativos para la guerra con China, ya que Estados Unidos pretende contener a su rival y mantener la hegemonía.

Nueva Zelanda, Canadá y Corea del Sur también fueron anunciados en los medios de comunicación como candidatos al Pilar II.

Se prevé que el Pilar II implique compartir tecnología en áreas como la inteligencia artificial, los drones submarinos, la informática cuántica y los misiles hipersónicos.

La portavoz del Ministerio de Asuntos Exteriores chino, Mao Ning, declaró que señalar la expansión del bloque intensificaría aún más la carrera armamentística «en detrimento de la paz y la estabilidad de la región«.

La reunión trilateral coincidió con una visita del ministro de Asuntos Exteriores de Nueva Zelanda, Winston Peters, a Washington, donde hizo pública una declaración conjunta con el secretario de Estado estadounidense, Antony Blinken, en la que se afirmaba que existía una necesidad imperiosa de que Nueva Zelanda colaborara más estrechamente con los «marcos y arquitecturas» liderados por Estados Unidos en Asia-Pacífico.

La declaración del 11 de abril decía:

Compartimos la opinión de que acuerdos como la Quad, AUKUS y el Marco Económico Indo-Pacífico para la Prosperidad contribuyen a la paz, la seguridad y la prosperidad en el Indo-Pacífico y vemos poderosas razones para que Nueva Zelanda se comprometa prácticamente con ellos, en la medida y el momento en que todas las partes lo consideren oportuno.

I-2
Peters y Blinken y en Washington el 11 de abril. (Departamento de Estado/Chuck Kennedy)

La ex primera ministra neozelandesa Helen Clark, la crítica más destacada del continuo alejamiento del país de una política exterior independiente, interpretó la declaración como un precursor de la adhesión de Nueva Zelanda al Pilar II. Afirmó que la decisión era antidemocrática, ya que el gobierno no había hecho campaña sobre la cuestión y, por tanto, no tenía mandato popular para unirse al pacto.

Dijo al programa de televisión Q+A:

La cuestión es si mantenemos la cabeza fría y decimos 'lo que estamos haciendo contribuye a intentar rebajar las tensiones, o contribuye a aumentarlas'. Es un secreto a voces que AUKUS… está dirigido a China. China es también el mayor socio comercial de Nueva Zelanda, el doble de lo que Australia exporta de nosotros y bastante más que Estados Unidos.

Former PM Helen Clark is raising concerns about New Zealand's apparent increasing closeness with AUKUS, questioning why NZ should join an alliance aimed at countering our biggest trading partner in China

Full interview https://t.co/TuL2lpcwtM pic.twitter.com/l5N2ft09xf

— Q+A (@NZQandA) April 14, 2024

"Extremadamente belicoso"

La escalada del dilema de seguridad en medio de las maniobras de Estados Unidos para rodear a China con más bases militares, al tiempo que amplía AUKUS, preocupa a muchos en la región.

«Estuve en un taller de la ASEAN [Asociación de Naciones del Sudeste Asiático] en Yakarta la semana pasada y está bastante claro que todo el mundo en el Pacífico está preocupado», declaró Pascal Lottaz, profesor asociado de estudios sobre neutralidad en la Universidad de Kioto, en una entrevista con Consortium News. Dijo:

A la ASEAN le preocupa qué hacer si estalla una guerra, porque la retórica procedente de EEUU y de China es extremadamente belicosa. Cuando la gente dice algo así como 'va a haber una guerra en los próximos cinco años' o en 2025, eso preocupa a todo el mundo. Y podría convertirse en una profecía autocumplida».

Para Lottaz, como para muchos analistas geopolíticos, la expansión del bloque militar forma parte de las maquinaciones de Estados Unidos para mantener su primacía, que se desarrollan peligrosamente en la región.

Lo veo como una consecuencia de la multipolaridad emergente y de que Estados Unidos intente someter a China, declaró Lottaz.

Con el «momento unipolar» de la hegemonía estadounidense llegando a su fin, a medida que los centros de poder se extienden hacia el sur y de nuevo hacia el este, Washington sigue, no obstante, su doctrina de dominio de espectro completo en sus esfuerzos por contener a sus competidores.

La inutilidad, así como el peligro, de este planteamiento puede verse subrayada por el hecho de que incluso Estados como Irán y Sudáfrica pueden determinar eficazmente la dirección de los acontecimientos geopolíticos desafiando la presión estadounidense.

Nunca hemos tenido un momento en el que los socios más pequeños, las partes más pequeñas del sistema, pudieran desafiar realmente a los más grandes, afirmó Lottaz.

Nunca hemos tenido una situación en la que Sudáfrica pudiera, a través de los tribunales, influir realmente en los acontecimientos mundiales o en cómo se perciben los acontecimientos mundiales.

También estoy hablando militarmente», añadió. «Fíjate en cómo Corea del Norte ha desafiado con gran éxito no sólo a Estados Unidos, sino también a China, para construir armas nucleares, y mira adónde ha llevado eso a Corea del Norte en comparación con Irak.

También vemos cómo Occidente no es capaz de someter a Rusia y ahora está recibiendo este enorme rechazo del Sur Global. Así pues, esta multipolaridad no cambiará intrínsecamente lo que los países quieren, sino que cambiará lo que los países pueden hacer y entonces la pregunta es, ¿llevará esto a una gestión de la situación o conducirá a más guerra?

Es probable que el acuerdo trilateral entre Estados Unidos, Japón y Filipinas alarme a China debido a sus posibles repercusiones en el Mar de China Meridional y a la preocupación por el mayor acceso de Estados Unidos a las bases costeras vecinas, especialmente cerca del punto conflictivo de Taiwán.

También puede indicar a sus vecinos que pueden jugar duro en el Mar de China Meridional si lo desean, ya que Estados Unidos les ofrece protección.

I-3
El portaaviones USS Carl Vinson en el Mar de China Meridional en 2017 durante un despliegue programado regularmente en el Pacífico Occidental. (DoD/Matt Brown)

En julio de 2016, el Tribunal Permanente de Arbitraje de La Haya dictaminó, en virtud de la Convención de las Naciones Unidas sobre el Derecho del Mar (CNUDM), que las reivindicaciones de China sobre derechos y recursos junto a la línea de nueve franjas, que abarca aproximadamente el 90% del Mar de China Meridional, carecían de base jurídica.

China rechazó el arbitraje, mientras que el entonces presidente de Filipinas, Rodrigo Duterte, decidió no presionar para que se hiciera cumplir la ley y, en su lugar, se centró en la diplomacia, con la esperanza de que su enfoque no conflictivo causara impresión.

El profesor Robert Patman, experto en relaciones internacionales de la Universidad de Otago, afirmó que el acuerdo trilateral podría contribuir a las tensiones, pero que China podría haberlo evitado por completo.

La propia China es su peor enemigo, porque no aceptó la sentencia del tribunal de La Haya cuando Filipinas llevó a China ante el tribunal internacional, declaró a Consortium News.

Así pues, no es de extrañar que haya habido continuas tensiones entre Filipinas y China por diferentes reivindicaciones territoriales. Hay unos siete reclamantes en el Mar de China Meridional. China, si hubiera aceptado esa conclusión, podría haber suavizado las cosas considerablemente y no lo ha hecho. Lo ignoraron y, desgraciadamente, éste es un patrón con las Grandes Potencias: mantener las normas, o el orden basado en normas, hasta que contradiga sus intereses.

Lottaz está de acuerdo.

Filipinas está siendo intimidada por China una y otra vez», afirmó. «La estrategia de Duterte fracasó y por eso ahora Marcos hijo va en la otra dirección y dice: 'Bueno, si ser amable no funciona, entonces permitamos que los estadounidenses tengan más bases por aquí'. Eso es lo que está haciendo y ahora los estadounidenses están muy contentos ampliando su red de bases.

Marcos hijo dijo a los medios de comunicación el fin de semana que el nuevo acuerdo trilateral «cambiaría la dinámica» en la región.

Filipinas está aumentando el número de bases militares a las que puede acceder Estados Unidos, en particular ampliando las instalaciones portuarias de las islas Batanes, a sólo 125 millas al sur de Taiwán.

China no perdió el tiempo tras la reunión trilateral, exigiendo el viernes a Filipinas que retirara un buque de guerra varado intencionadamente en las islas Ren'ai Jiao, advirtiendo de que cualquier intento de construir instalaciones fijas y un puesto avanzado permanente constituiría una violación de su soberanía que no sería tolerada.

Impulsar la militarización de Japón I-4
Japón Kishida en un almuerzo en su honor en el Departamento de Estado, con la vicepresidenta estadounidense Kamala Harris a la izquierda y el secretario de Estado Antony Blinker a la derecha, el 11 de abril. (Departamento de Estado/Freddie Everett)

Lottaz califica la cumbre trilateral de Washington de muestra de unidad política, pero también de una nueva señal de que Estados Unidos está impulsando una militarización de la relación entre Japón y Filipinas y de que se estaba trazando una alianza formal.

Japón posee una formidable capacidad militar y tecnológica, pero su constitución pacifista impuesta por Estados Unidos tras la Segunda Guerra Mundial le impide tener un ejército permanente convencional.

Las Fuerzas de Autodefensa Japonesas (JSDF) han estado orientadas a la seguridad interna, aunque eso está cambiando. Japón es socio indopacífico de la OTAN, junto con Corea del Sur y Nueva Zelanda. Ha contribuido a las operaciones de la OTAN en Afganistán y los Balcanes, y mantiene la interoperabilidad con la alianza. Este año se va a crear en Tokio una oficina de enlace de la OTAN para cooperar con Australia, Japón, Nueva Zelanda y Corea del Sur.

El primer ministro Kishida también anunció el año pasado que Japón duplicaría el gasto militar hasta el 2 por ciento de su producto interior bruto y cambiaría la política militar permitiéndole atacar objetivos en el extranjero.

Sin embargo, medidas como la adhesión al Pilar II y el envío de tropas al extranjero implicarían un enorme cambio tanto en la política como en las actitudes de Japón.

Nada que no sea un ataque directo contra el país podría eliminar los artículos constitucionales que rigen sus competencias militares, afirmó Lottaz.

Se necesitaría una mayoría de dos tercios del Parlamento para decir sí al cambio de la constitución y luego el 50 por ciento de la población en un referéndum: un doble mecanismo, un doble bloqueo, por eso es tan difícil de cambiar, afirmó.

El avance de Nueva Zelanda hacia el Pilar II y la OTAN también ha sido gradual. Bajo su coalición de derechas votada el año pasado, el camino hacia la integración se ha acelerado, como demuestra la declaración conjunta de su ministro de Asuntos Exteriores con Blinken.

Antes del viaje de Winston Peters a Estados Unidos, éste había asistido a una reunión de ministros de Asuntos Exteriores de la OTAN en Bruselas los días 3 y 4 de abril, tras reunirse con funcionarios de los gobiernos polaco y ucraniano por la guerra por poderes de Estados Unidos con Rusia.

Peters declaró que esperaba concluir «en los próximos meses» las conversaciones sobre un Programa de Asociación Individualizado (ITPP, por sus siglas en inglés) con la alianza liderada por Estados Unidos, un acuerdo que se espera implique una ayuda financiera y militar significativamente mayor a Ucrania como parte de los esfuerzos colectivos para mantener el «orden internacional basado en normas.«

Actualmente, soldados de las Fuerzas de Defensa de Nueva Zelanda están entrenando a militares ucranianos en el Reino Unido.

Al igual que Japón, Nueva Zelanda está limitada por su propia constitución, que incluye una ley de desnuclearización que prohíbe la presencia en su territorio de buques de propulsión nuclear y armados.

El ex primer ministro australiano Scott Morrison instó el fin de semana a Nueva Zelanda a abandonar la legislación introducida en 1987, algo poco probable dada la actual postura bipartidista de tradición antinuclear. En la actualidad, los submarinos AUKUS estarían prohibidos en las costas neozelandesas.

El Pilar II se está promoviendo como un aspecto «no nuclear» de AUKUS, pero como señaló el 11 de abril el embajador de China en Nueva Zelanda, Wang Xiaolong, en un artículo publicado en Newsroom:

Las voces que afirman que el Pilar II no viola los requisitos del Tratado de No Proliferación de Armas Nucleares (TNP) pasan por alto los vínculos entre los dos Pilares. El único propósito del Pilar II es apoyar y servir al Pilar I, ya sea financiera o tecnológicamente.

Añadió:

Y si lees atentamente el último anuncio de los miembros de AUKUS, descubrirás fácilmente que una razón fundamental para invitar a más participantes es consolidar el dominio de un determinado país en el «Indo-Pacífico» y desplazar y repartir el exorbitante coste.

Patman señala que en Australia existe un considerable rechazo al coste de AUKUS. Canberra espera la entrega de submarinos nucleares estadounidenses de la clase Virginia en el ínterin, a mediados de 2030, mientras que los nuevos submarinos SSN-AUKUS se están construyendo con un coste aproximado de 368.000 millones de dólares australianos (239.000 millones de dólares estadounidenses).

En cualquier caso, cree que no todas las naciones que están sopesando la participación en el Pilar II se unirán pronto, y en particular Japón, debido a las estrictas normas de seguridad sobre el intercambio de tecnología con los socios.

 

Incredible from Peters. If anything, the public has been led to believe that AUKUS Pillar Two is a "non-nuclear, technology sharing agreement" without broader admission of the diplomatic, trade, and legal ramifications for New Zealand. https://t.co/AkwGxJLVi8

— Marco de Jong (@MHdeJong) April 11, 2024

 

Los intereses nacionales de Nueva Zelanda, como los de todas las naciones de Asia-Pacífico, no se ven favorecidos por la adhesión a un bloque militar que pretende hacer la guerra a un país al que destina anualmente el 30% de sus exportaciones. La adhesión podría tener repercusiones inmediatas, así como consecuencias catastróficas en una futura guerra contra un enemigo imaginario.

El embajador chino en Nueva Zelanda fue muy claro al respecto en febrero, cuando dijo que Nueva Zelanda es un Estado soberano y es libre, si así lo decide, de unirse al Pilar II de AUKUS, declaró Patman.

Y añadió:

Pero dejó claro que China se opone a AUKUS, que considera una construcción de la Guerra Fría, y dijo –y se trataba de una observación muy sutil– que en las zonas habría consecuencias para Nueva Zelanda, incluso para su economía. En mi opinión, se trataba de una advertencia velada a la comunidad agrícola, que es la columna vertebral del país en términos económicos… El embajador chino estaba recordando a un gobierno dirigido por el Partido Nacional que su principal electorado podría verse perjudicado.

Más fundamentalmente, como señaló el historiador del Pacífico y activista en política exterior Marco de Jung tras la declaración conjunta de Washington:

AUKUS provoca la misma inestabilidad que dice abordar. Es mejor que Nueva Zelanda utilice sus limitados recursos para apoyar el regionalismo dirigido por el Pacífico frente a la competencia de las superpotencias.

Publicado originalmente por Consortium News.
Traducción: Observatorio de trabajadores en lucha

Strategic Culture Foundation
24 Apr 2024 | 2:49 pm

3. Revealed: Israel’s hidden history of attacks on Iran


By Robert Inlakesh

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Iran's retaliatory attack on Israel was framed in the West as a reckless attempt to spark a major regional war, but in reality,  Israel has been attacking Iran for decades.

As is routinely the case with Western-backed wars, the corporate media's timeline begins at the moment that suits their narrative. We have seen this play out recently, with the attempt to rob the Gaza war of all contexts before October 7, 2023. Similarly, when it comes to Israel's conflict with Iran, the two have been embroiled in what is referred to as a "shadow war," the details of which are pretty shocking.

While the international media's attention was riveted on Iran's retaliatory strikes against Israel, drawing great focus to some 300 drones and missiles used in the attack, no major deal was made of Israel's strike on April 1 against the consular segment of Iran's embassy in Damascus, Syria, that killed a dozen people, including seven Iranian officials of the Islamic Revolutionary Guard Corps (IRGC). In this unprecedented act of aggression against Iranian soil, breaking international diplomatic norms, the Israelis were shielded by the U.S. government at the United Nations Security Council, blocking any condemnation of this act.

Despite an admission from British Foreign Secretary David Cameron that had the UK embassy been attacked similarly, they too would retaliate, the double-standard argument that Iran shouldn't respond continues to dominate the airways.

This is as Iran's IRGC has received condemnation for seizing a container ship in the Persian Gulf associated with the Zodiac Maritime shipping company of Israel billionaire Eyal Ofer and his family. In 2021, the Mercer Street oil tanker, which Zodiac Maritime also operated, was struck by Iranian drones, prompting similar condemnation. Yet, little was to be said regarding the Israeli-owned company's role in collaborating with the Israeli military and intelligence establishment to ferry arms and operatives around the region and carry out assassinations or reconnaissance missions.

However, the Israel-Iran "Shadow War" did not begin with recent events. Israel has been carrying out brutal assassinations of civilian scientists on Iranian soil since 2010 while also carrying out acts of espionage that have endangered innocent civilians in the country.

As early as in the years 2010, 2011 and 2012, Israeli Mossad agents have been planting viruses designed to cause malfunctions in Iranian oil and nuclear power facilities. Another kind of provocative action occurred in 2018, when it was reported that an Israeli Mossad team had raided an archive facility in Tehran, stealing documents that pertained to its nuclear power program.

In 2020, the New York Times and Washington Post reported that Israel planted bombs inside Iran's Natanz Nuclear facility, which almost caused an environmental and humanitarian catastrophe. Later that year, the Israeli Mossad assassinated Iran's top nuclear scientist, Mohsen Fakhrizadeh, in Tehran. Then, in April of 2021, another explosion occurred at the Natanz facility, which the New York Times reported was Israel's doing.

The Israelis have also trained members of the MEK terrorist group to carry out attacks on civilian targets inside Iran. The list of Mossad-linked cells that have been arrested by the Iranian authorities or carried out acts of espionage and sabotage is simply too numerous to cover at length. Early last year, U.S. officials even told Reuters that a suicide drone attack targeting a factory in the city of Isfahan was an Israeli attack.

More recently, in late December, Israel launched airstrikes on Damascus and assassinated IRGC official Seyed Razi Mousavi. And in January, Israel launched airstrikes in Damascus, murdering five Iranian military personnel members and Syrian citizens. Then, in early February, Israel was accused of blowing up gas pipelines in Iran. None of these actions, which would likely illicit a response by most nations, provoked Iran to launch a direct strike on Israel.

In addition to all of this, Israel has been the world's top cheerleader for the West's crushing sanctions that have significantly impacted Iran's civilian population, specifically access to lifesaving medical supplies. AIPAC, the powerful Israeli Lobby group in the United States, worked hard to prevent the 2015 Iran Nuclear Deal from passing, then pushed for the Trump administration to unilaterally withdraw before pressuring the Biden administration to refrain from reviving the deal despite this being a campaign promise. Israel even played a role in the Trump administration's assassination of Iran's top general tasked with battling ISIS, Qassem Soleimani.

Yet, despite Israel's long history of documented attacks against Iran and around 30 years of false predictions as to when Iran is supposedly going to develop a nuclear weapon, which is the premise for Western sanctions, the corporate media is still trying to sell the public on the lie that Israel is an innocent victim and that there was no justifiable reason for Iran to retaliate.

mintpressnews.com

Strategic Culture Foundation
24 Apr 2024 | 2:14 pm

4. Final Nail in America’s Coffin?


By Rone PAUL

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

When future historians go searching for the final nail in the US coffin, they may well settle on the date April 20, 2024.

On that day Congress passed legislation to fund two and a half wars, hand what's left of our privacy over to the CIA and NSA, and give the US president the power to shut down whatever part of the Internet he disagrees with.

The nearly $100 billion grossly misnamed "National Security Supplemental" guarantees that Ukrainians will continue to die in that country's unwinnable war with Russia, that Palestinian civilians will continue to be slaughtered in Gaza with US weapons, and that the neocons will continue to push us toward a war with China.

It was a total victory for the war party.

The huge spending bill is all about politics for Biden, yet so many Republicans simply went along with it. The last thing the people running Biden's White House want to see as a close election approaches are ads blaming Biden for "losing Ukraine."

The US and its allies have already sent over $300 billion to Ukraine and the country is still losing its war with Russia. Nobody believes another $60 billion will pull a victory from the jaws of defeat. But this additional money is meant to keep up appearances until November at the expense of Americans who are forced to pay for it and Ukrainians who are forced to die for it.

Speaker Johnson could not have passed these monstrosities without the full support of House Democrats, as the majority of Republicans voted against more money for Ukraine. So in the worst example of "bipartisanship," Johnson reached across the aisle, stiffed the Republican majority that elected him Speaker, and pushed through a massive gift to the warfare/(corporate) welfare state.

After the House voted to send another $60 billion to notoriously corrupt Ukraine, Members waved Ukrainian flags on the House Floor and chanted "Ukraine, Ukraine." While I find it distasteful and disgusting, in some way it seemed fitting. After all, they may as well chant the name of a foreign country because they certainly don't care about this country!

Along with sending $100 billion that we don't have to fund more overseas war, Speaker Johnson threw in another version of the Tik Tok ban, which gives Joe Biden and future presidents the power to shut down websites at will by simply declaring them to be "foreign adversary controlled."

Not to be outdone, the US Senate on that same day passed the extension of Section 702 of the FISA Act, which not only allowed the government to continue spying on us without a warrant, but also contained new language massively expanding how they can spy on us.

Many conservative voters are asking what the point of Republican control of the House is if the agenda is determined by Democrats. Senate Majority Leader Chuck Schumer is even reported to have bragged to his colleagues about how easily Speaker Johnson gave Democrats everything they wanted and asked for nothing in return.

What is the silver lining in all this bad news? Most Republicans in the House voted against continuing the Ukraine war. That's a good start. Our ideas are growing, not only across the country but even in the DC swamp. Take courage and don't give up! Work for peace!

Original article: ronpaulinstitute.org

Strategic Culture Foundation
24 Apr 2024 | 12:50 pm

5. Austerity in the EU: How European bureaucrats serve America’s economic interests


Once again, the European bureaucracy is living up to the saying that "what has born crooked, late or never is straightened out".

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Once again, the European bureaucracy is living up to the saying that "what has born crooked, late or never is straightened out". This is the case with the European Union, which was built as a political response to a reality that is no longer there — the socialist bloc — and which, when faced with the absence of its vital force, embarked on an erratic process of enlargement, aimed above all at provoking Russia, creating the conditions for NATO expansion and responding to the monopolies' growing need for new markets and new sources of skilled and cheap labor, as is the case in Eastern Europe.

Within this framework and in response to the same needs, the EU is once again reissuing a recipe already widely known to the peoples of the South. While there is widespread recognition that the budgetary criteria contained in the Stability and Growth Pact constitute a stranglehold on public investment and is responsible for the short-term vision that has left the member states hostage to the financial authoritarianism of Brussels, at a time when the European bloc is losing more and more ground to the economies with which it has to compete, the unelected supranational power of the EU is once again proposing, this time to all Europeans, something that none of these peoples would ever vote for: austerity for the next four years (at least).

What appears on the horizon, without any in-depth national discussion, after being approved by the Council and the European Parliament, is a global austerity package, on a European scale, applicable to almost all the countries of the Union, which has been given the pompous name of "New Economic Governance Framework" and which is based on instruments such as the "Debt Sustainability Analysis" and "Specific Fiscal Plans" per member state, which will be developed within the framework of a 4-year adjustment period, which can be extended to 7. If the Stability Pact was not enough to bring most of the countries to austerity, this time EU autocracy is working to leave no one behind. Every country must bring to an end every evidence or memory that a social state has once worked with huge success.

That's why we have to say that "it's coming in handy"! At a time when countries should be investing absolutely decisively in industrialization, innovation and conquering a place at the top of the future technological chain, as China and Russia are doing and the US is going into brutal debt to do, what do the accountants in Brussels decide to do? Postpone the race, calling into question the targets they themselves have set for 2030 and 2050.

Once again, the story of the well-behaved and thrifty countries versus those that don't know how to govern themselves is being repeated. But this time, with the exception of five countries (Cyprus, Sweden, Estonia, Denmark and Ireland), all the others will have to tighten their belts and cut 100 billion from their public budgets right in the first year of adjustment. Incidentally, 100 billion is more or less what the EU has offered the Kiev regime to date (in January 2024 it was 85 billion euros according to the Kiel Institute). And any of those lucky countries is important for the financing of the pluriannual European budget.

Assuming that this mass economic destruction is the continuation of a process that began with subprime, from which European economies had to pay for the losses of American banks, and continued with the NATO/Russia conflict in Ukraine, which has not only deprived European countries of important production factors, at a low price and with guaranteed quality and quantity… How should the European Union act, especially knowing that in Biden's USA, the implementation of Inflation Reduction Act is well underway, with a vast investment program in key technological areas such as electric vehicles, lithium batteries, photovoltaic panels and semiconductors?

How should European political leaders act if they look at China and see massive investment in key industries, mainly converting the economy from low-value to high-value-added industries; if they look at the US and see the same kind of investment, with total disregard for public debt levels, which have already passed 133% of GDP; if they look at Russia, India and see a desperate effort to make up for lost ground and join the developed economies? What would they be expected to do if they were concerned, as they say they are when they're chasing votes, about health, education, housing, the digital transition and decarbonization? Would they bet on more economic austerity?

It's incredible how the decisions taken by the EU's bodies, whether by the bureaucratic European Commission, the European Council or the European Parliament, are deeply aligned with the needs of the US, on a path of increasing market appropriation that seems to have no end. If the US had everything to gain from the Ukrainian conflict, Europe had everything to lose, and what did the European autocracy do? It jumped in headfirst and mortgaged our entire future!

If this conflict has meant more arms sales for the US, Ukrainian land and property appropriated by the monopolies, the viability of the shale gas industry and "good jobs for American workers", as Blinken says, for Europe it has only resulted in damage, well reflected in the sinking of the German economic engine, whose companies are now fleeing to the US and China. All under the guise of security against the evil Russian government or under the guise of "sustainability and growth", as now with the approved austerity package. In the EU, the level of propaganda is absolutely proportional to the damage caused by its policies.

After all this, what would the US need now, given that it already has complete control over access to the European market and has managed to attract the majority of brainless national leaders to the "derisking" of China and the "decoupling" of Russia? What would interest the US more would be for the EU to give up on supporting the economy with public funds, to give up on decarbonization objectives and, with that, to give up on the development of digital and ecological technologies that could compete with American technologies on the European and international markets. If the US is so annoyed by China's fierce competition, there's nothing more useful than driving away another competitor, even more when it's happy to do so.

It's important to say that perhaps even the US didn't expect so much. In one fell swoop, the EU itself is disarming the member states of the public investment weapon, which was already in question with the Stability and Growth Pact (which only made the European states relatively slimmer) and has now been increased with the new framework for EU economic governance. But they didn't stop there. Being very well-behaved, the European technocracy has approved accountancy formulas that, above all, disarm the countries that are the economic engine of "European construction". Thus, according to the rules laid down in this new fiscal adjustment plan, France, Italy, Germany, Belgium and the Netherlands have to make the biggest budget cuts, between 6 and 26 billion euros a year. In other words, the countries that contribute the most to the EU's GDP and multi-annual budget are precisely the ones that will cut the most. It couldn't be better.

As a matter of fact it's again the inevitable German finance minister, this time Mr. Christian Linder, who has been pushing this the hardest. Some say it's that German inflation trauma from the First World War, but don't be fooled. Germany is a fully occupied country and is today a deconstructed nation, with no will of its own and fully aligned with Washington's strategies. Suffice it to say that its chancellor watches the destruction of the power source for its industry — the Nord Stream — and remains silent. Or what about his job as an errand boy on the trip to China? To say that he wasn't even greeted at the airport by a senior figure from the Chinese state reflects his lack of importance and what the Chinese think today of the political class of — still is — Europe's biggest power.

The truth is that, with the new economic governance framework, most member states will be forced to implement massive budget cuts. Debts will have to be reduced annually by 1 percent of GDP for countries with high debt (above 90 percent debt/GDP) and 0.5 percent for countries with medium debt (60-90 percent). The 3 percent deficit limit laid down in the treaties is complemented by the deficit resilience safeguard advocated by Germany, i.e. Christian Linder, which means that countries will have to continue reducing their structural deficits until they fall below 1.5 percent of GDP. It wasn't enough that the 3 percent ceiling was tightened, now it's even tighter. All because Mr. Linder, who has a degree in Political Science but is an economist by trade, says that "borrowed money cannot generate long-term growth", which is technically incorrect.

If Mr. Linder were right, no company, family or organization would go into debt to invest. In fact, that's the secret of capitalist banking. Taking deposits from those who save in order to lend them to those who need them to invest.

But there is one final proof that these financially authoritarian policies do not work, not even economically. The European budgetary rules that have been in force up until now and have presided over the euro crisis, have been incapable of reducing the debt of the member states, but have only contributed to reducing government spending and, as a result, causing domestic demand to fall, economic production to decline and, as we can see, increasing public debt. The same debt that is now being reduced, again, in the same way, using the same method.

As a result of this policy and the social problems that have been created and not resolved, we are once again living with the far-right extremism and fascism in our parliaments, in the mainstream media, in fake news and on social networks. The anti-science discourse has returned, but masked as pseudo-science, as we now see explained in this new fiscal adjustment promoted by the EU, to be applied at the worst possible moment.

So let's see how these magnificent thinking heads work: if the 3% clamp hasn't worked, has destroyed value, contracted the European economy and created social problems, from which far right bigotry and fascism have climbed, what do they do? They apply the tourniquet even harder! Can anyone understand something like this? If in the first round the patient almost died, in this round he must die for good. It's a kind of "Big Brother" version on a European scale of Michael Hudson's excellent book "Killing The Host — how financial parasites and debt bondage destroy the global economy".

There are many lessons to be learned from all this madness:

  • What is happening to Argentina under Milei (what happened to Chile under Pinochet), which has increased poverty by more than 50%, kept inflation sky-high and only given the richest people a windfall, has more admirers in Europe than some want to admit;
  • Today, the political parties that constitute the European power house are the parties of submission and, in essence, they don't differ from each other (apart from the members of "The Left" group and the "Greens", all the other main groups voted in favor of this disaster);
  • European economic policy is currently an extension of US economic policy, but not from a constructive perspective, but from a destructive one, in order to leave space for the former to fill;
  • The social, environmental and political results of these authoritarian financial policies are preventing member states from developing their living and working conditions and are increasingly threatening the welfare state and the way of life that remains;
  • In view of the known results of these policies, insisting on deepening them means agreeing with their results, regardless of the discourse that may be adopted afterwards;
  • Once again, the European Union appears to be a hostage of the globalist and North American financial conglomerates, which make the loan sharking of states one of their preferred accumulation strategies, demonstrating that it is not the European dimension that saves us from this kidnapping, but the political will that does not exist;
  • It also proves that the European Union is more of an anchor that hinders the development of states today, rather than a driver of their development.

This deeply damaging recipe, tried out on a case-by-case basis during the sub-prime crisis, is now moving from its case-by-case, one-off phase, where it was tried out and perfected, to its global application, becoming official EU policy. If in the first phase it was the member states themselves and their governments that were blamed as bad managers and spendthrifts, which had a damaging effect on the quality of Western democracies, this time the blame will be put on the "European rules", which will aggravate people's sense of powerlessness and with it their frustration. This frustration will tend to feed, first and foremost, neo-fascist demagoguery.

This effect is undeniable and is the result of the various shocks the EU has received and the effects these shocks have had on the deterioration of people's living conditions. The fact is that when we look at the IMF's own growth forecasts, of the entire West, the EU grows the least (with forecasts of 0.8% for 2024 and 1.2% for 2025). Russia, the USA and especially China and India are growing more, much more.

If history tells us that the "minimal state", contraction, austerity, prevent growth, development, and only have the effect of accelerating the concentration of wealth at the top, there is no argument that can be made in favor of this austerity plan. Managing according to possibilities only leads us to shrink, to cowardice, to smallness. Managing according to needs makes us grow, take risks and go further. This courage, this vision, does not exist in the politics of the member states, and even less so at European level.

It's easy to cut and drop, what's difficult is to make it grow, when everything would lead you to believe that you could only cut. Today, in the EU, we are cutting straight across the board. The more Europe needs investment, the more it is guaranteed that it won't, demonstrating that there is no European measure that doesn't fit the American form.

Strategic Culture Foundation
23 Apr 2024 | 8:40 pm

6. La gestión del dilema


El dilema para «Israel» es que, si Estados Unidos dice «no» a un ataque contra Irán (y lo dice en serio), «Israel» tiene que revolcarse en un cúmulo de derrotas en los seis frentes, además de perder la confianza de la opinión pública.

Únete a nosotros en Telegram Twitter  y VK .

Escríbenos: info@strategic-culture.su

En medio de un remolino de imágenes desenganchadas de la realidad, que se tambalean por las pantallas occidentales, es necesario asir con firmeza algunos asideros de «lo real».

En primer lugar, sean cuales sean las afirmaciones de triunfo de la defensa aérea montadas por los israelíes y sus amigos (es decir, el «derribo del 99%»), Israel y EEUU saben la verdad: los misiles iraníes pudieron penetrar directamente en las dos bases y emplazamientos aéreos más sensibles y mejor defendidos de Israel. Detrás de la retórica altisonante se esconde la conmoción israelí.

La propaganda exagerada se deriva del doble golpe izquierda-derecha que ha sufrido Occidente. Es de dominio público que los sistemas occidentales de defensa aérea en Ucrania han sido un fracaso. Si se admitiera que las capacidades de misiles de Irán pueden violar la mayor concentración de defensas aéreas que se encuentran en la base aérea de Nevatim, en el sur, las implicaciones para la postura defensiva occidental en todo el mundo son nefastas.

Shhh! … Enciende la cortina de humo del «Espléndido Triunfo«.

En segundo lugar, saben que el llamado «asalto» no fue tal, sino un mensaje para afirmar la nueva ecuación estratégica: Cualquier ataque israelí contra Irán o su personal dará lugar a represalias de Irán contra «Israel». Esto marca una transformación de la estrategia de los Frentes de Resistencia: Hasta ahora, consistía en movimientos que actuaban de forma concertada, y los Estados permanecían estrictamente en un segundo plano.

Ahora que la unidad de los actores no estatales sigue activada, ahora se complementan con Irán e «Israel» enfrentándose directamente.  Es una nueva fase. Y se ha abierto un Sexto Frente contra «Israel».

El tercer elemento es que Netanyahu lleva dos décadas intentando atraer a EEUU a una guerra con «Israel» contra Irán (aunque los sucesivos presidentes estadounidenses han rechazado la peligrosa perspectiva).

La cuarta realidad es que el programa nuclear iraní es intocable, está escondido en lo más profundo del interior de las montañas.  El ex primer ministro israelí Ehud Barak escribió explícitamente en julio de 2022 en la revista Time: Irán es un Estado nuclear umbral, y no hay nada que «Israel» pueda hacer al respecto.

 Acostúmbrate a ello, aconsejó Barak:

Es hora de enfrentarse a la realidad.

Entonces, ¿no tiene sentido estratégico ninguna respuesta militar israelí en Irán? ¿Sólo una demostración de fuerza? Pues no exactamente.  Para Netanyahu, se trata de un «equilibrio de poder». Recordará la influencia y el poder de Irán durante la época del Sha: Irán se ha ido convirtiendo silenciosamente de nuevo en la gran potencia regional.

A los israelíes les gustaría reducir ese poder a su mínima expresión.

Aquí radica la cuestión de gestionar los dilemasLos israelíes creen ampliamente que sin disuasión -sin que el mundo les tema- no pueden sobrevivir. El 7 de octubre hizo arder este miedo existencial en la sociedad israelí. La presencia de Hezbollah no hace sino exacerbarlo, y ahora Irán ha lanzado una lluvia de misiles directamente sobre «Israel».

La apertura del frente iraní, en cierto modo inicialmente, puede haber beneficiado a Netanyahu: la derrota de las fuerzas israelíes en la guerra de Gazael punto muerto de la liberación de los rehenesel continuo desplazamiento de los colonos del norte; e incluso el asesinato de los cooperantes de World Kitchen… todo quedó temporalmente olvidado. Occidente volvió a agruparse al lado de Israel. Los Estados árabes volvieron a cooperar. Toda la atención se trasladó de Gaza a Irán.

Hasta aquí, todo bien (desde la perspectiva de Netanyahu, sin duda). Pero para reducir a Irán a su tamaño se necesitaría ayuda militar estadounidense. El lanzamiento del misil iraní lo puso de manifiesto. Los informes sugieren que EEUU hizo el trabajo pesado. Si «Israel» actuara en solitario en un ataque de represalia contra Irán, ¿le daría eso -en sí mismo- a «Israel» el dominio de la escalada en la región (y restablecería la disuasión)? ¿O provocaría una guerra regional más amplia que podría acabar con la desaparición de «Israel» como Estado tal y como lo conocemos?

¿Y aceptaría Biden una empresa tan arriesgada (durante un ciclo electoral estadounidense)? Aquí también radica el dilema: Biden se mantiene firme en su apoyo a «Israel»: «Apoyo férreo», afirma. Pero el oxímoron surge cuando yuxtapone el apoyo férreo a la ausencia de una guerra regional más amplia. 

El dilema para «Israel» es que, si Estados Unidos dice «no» a un ataque contra Irán (y lo dice en serio), «Israel» tiene que revolcarse en un cúmulo de derrotas en los seis frentes, además de perder la confianza de la opinión pública.

Pero ¿hablaría Biden en serio (al decir «no a la guerra»)?  Hmmm… ¿Sería políticamente viable para la Casa Blanca cortar el suministro de armas o dinero en efectivo tras el lanzamiento del misil iraní?

Biden tendría otro problema: EEUU se ha comprometido SÓLO a un apoyo «defensivo». Sin embargo, Irán dispone de sofisticados sistemas de defensa antiaérea (aunque su eficacia aún no está probada). Si los israelíes se metieran en problemas en Irán, que Biden pasara del apoyo defensivo al «ofensivo» a «Israel» le acarrearía otros problemas en casa, en EEUU.

Por último, si la apuesta de Netanyahu consiguiera asestar un golpe sustancial a Irán, Netanyahu -con la diadema de laurel del vencedor- estaría en condiciones (en términos de apoyo interno israelí) de matar de hambre y desplazar a los gazatíes de su tierra.

Un resultado así podría fracturar definitivamente al Partido Demócrata.

Por supuesto, un golpe decisivo contra Irán sigue siendo muy hipotético por ahora. Pero se sabe que los jugadores, tras una larga racha de pérdidas, apuestan todo a que la bola sale roja.

Publicado originalmente por Al Mayadeen English
Traducción: Observatorio de trabajadores en lucha

Strategic Culture Foundation
23 Apr 2024 | 8:08 pm

7. Um “inimigo comum” coletivo agora persegue a espécie humana


– Assassinos em série psicopatas, utilizando os seus vastos recursos financeiros, políticos e mediáticos, estão inexoravelmente a pôr em prática uma agenda homicida de despovoamento global.

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Yuval Harari, o porta-voz de Klaus Schwab, fez recentemente uma declaração que deveria causar arrepios na espinha de toda a gente. "Se o pior acontecer e o dilúvio chegar", disse Harari, ele e a cabala de mestres mundiais obscuros com ideias semelhantes "construirão uma Arca e deixarão o resto afogar-se".

Noutra parte, Harari explica as razões da indiferença fria dos seus colegas elitistas em relação ao destino da grande maioria dos habitantes da Terra:

"Se voltarmos a meados do século XX… e pensarmos em construir o futuro, então os nossos materiais de construção são aqueles milhões de pessoas que estão a trabalhar arduamente nas fábricas, nas explorações agrícolas, os soldados. Precisamos deles. Não há futuro sem eles".

O que ele quer dizer é que vocês – referindo-se às elites sociais e financeiras dominantes dessa época – ainda "precisavam" do trabalho de milhões de pessoas nos vários campos da atividade económica para obterem lucro. Desde então, como é que as coisas mudaram, segundo o "futurologista" Harari?

"Agora, avançamos para o início do século XXI, quando já não precisamos da grande maioria da população, porque o futuro é o desenvolvimento de tecnologia cada vez mais sofisticada, como a inteligência artificial [e] a bioengenharia, a maioria das pessoas não contribui para isso, exceto talvez pelos seus dados, e as pessoas que ainda estão a fazer algo de útil, estas tecnologias vão torná-las cada vez mais redundantes e permitirão que sejam substituída".

O porta-voz elitista Harari merece crédito pela sua honestidade de gelar o sangue, se não pela moralidade das suas "visões" e das dos seus mestres. Ele mostra claramente a sua opinião de que este escritor, os editores deste portal, os seus leitores e o resto da humanidade são dispensáveis e, para além de qualquer utilidade económica que ainda possam possuir, são desprovidos de qualquer dignidade ou valor inerente.

Harari e o seu superior direto na nomenklatura elitista, Klaus Schwab, são tecnicamente indivíduos privados. O seu veículo organizativo, o Fórum Económico Mundial, é uma ONG privada registada na Suíça. Formalmente, não representam nem falam em nome de qualquer governo ou estrutura oficial com a devida legitimidade. Não têm qualquer licença para planear ou organizar o futuro da humanidade, para além da auto-autorização para o fazer que eles próprios e os centros de poder oligárquicos globalistas com quem comungam e se misturam se arrogaram. Ninguém os elegeu nem lhes deu poderes para planear o futuro de ninguém, a não ser o seu próprio futuro, e mesmo assim estritamente a título privado.

No entanto, dispor do futuro da humanidade é precisamente o que eles presumem fazer, em Davos, em sessão plenária, uma vez por ano, e o resto do tempo em confabulações conspiratórias entre si.

A natureza do "planeamento" em que se envolvem deveria interessar profundamente e preocupar seriamente toda a gente. Não só pela arrogância desenfreada que revela, mas sobretudo pelo desígnio homicida que lhe está subjacente, a uma escala vasta e até agora inimaginável, que Raphael Lemkin era incapaz de conceber quando cunhou o termo "genocídio".

Quando e se o "tsunami" destinado a afogar a humanidade ocorrer, e podemos estar confiantes de que Harari e os seus correligionários têm a capacidade de o fazer acontecer no momento e da forma que escolherem, como o evento de saúde recentemente fabricado demonstrou, eles não ficarão de luto pelas vítimas. Pelo contrário, ficarão encantados com o êxito da sua obra. Enquanto a maior parte da humanidade se "afoga", eles regozijar-se-ão.

É indiscutível que Harari não fala apenas em seu próprio nome ou em nome de Schwab. Ele está a articular publicamente a visão ideológica de uma Terra despovoada, limpa da presença humana e tingida de misantropia ocultista. Essa visão é amplamente partilhada pelos luminares do seu grupo elitista. Um membro de alto nível desse conjunto, Bill Gates, tem insistido na necessidade de se livrar das multidões inúteis por todos os meios, justos ou sujos. Uma das elocuções alarmantemente explícitas de Gates sobre este assunto foi removida pelo YouTube, alegadamente por "violar as directrizes da comunidade". A verdadeira razão para a eliminação das suas observações da Internet foi o perigo de que pudessem lançar o alarme entre as "vítimas da inundação" visadas, provocando-lhes uma reação de raiva incontrolável quando descobrissem o que os "visionários" elitistas lhes tinham reservado.

Estes psicopatas assassinos em série (não devemos medir palavras), usando os seus vastos recursos financeiros, políticos e mediáticos (lavagem cerebral), estão inexoravelmente a pôr em prática uma agenda homicida de despovoamento global. O despovoamento, como Harari admitiu honestamente, significa eliminar fisicamente tantos seres humanos quantos eles considerem supérfluos ou inúteis para os seus objectivos. O conceito de controlo da população, mais uma vez para não usar palavras falsas, é o seu código para o genocídio global.

O Clube de Roma, um dos componentes institucionais da rede de despovoamento, num documento programático publicado em 1974, não poderia ter colocado o princípio principal da sua filosofia genocida de forma mais clara:  "A Terra tem cancro e o cancro é o Homem". Será necessário esclarecer que os cancros não são alimentados e cultivados? Os cancros devem ser extirpados.

F. William Engdahl lançou recentemente uma luz intensa sobre as raízes profundas deste plano nefasto, discutido e implementado abertamente pelos seus promotores malévolos, à vista das vítimas pretendidas. Engdahl mostrou que pervertidos como Schwab e Harari são apenas rostos públicos de um esquema transgeracional malévolo.

Engdahl cita um relatório publicado pelo Clube de Roma, "A Primeira Revolução Global". Aí se admite que as alegações de aquecimento global por CO2, que servem de justificação conveniente para impor à força à humanidade uma série interminável de mudanças estruturais destrutivas, não passam de um ardil inventado.

Isto porque "…o inimigo comum da humanidade é o homem. Na procura de um novo inimigo que nos unisse, surgiu-nos a ideia de que a poluição, a ameaça do aquecimento global, a escassez de água, a fome e outras coisas do género serviriam para isso. Todos estes perigos são causados pela intervenção humana e só através da mudança de atitudes e comportamentos é que podem ser ultrapassados. O verdadeiro inimigo é, portanto, a própria humanidade".

"A agenda", conclui Engdahl sombriamente, "é sombria, distópica e destina-se a eliminar milhares de milhões de nós, 'humanos comuns'".

Há que fazer um esclarecimento importante. A humanidade não é o inimigo, mas é, pelo contrário, a coroa da criação de Deus. E é a própria humanidade que está agora a enfrentar um inimigo implacável, neste caso uma encarnação colectiva da caraterística definidora que Edward Gibbon atribuiu aos imperadores depravados Commodus e Caracalla:   "inimigo comum da espécie humana".

Desta vez, porém, a humanidade já não está a enfrentar as excentricidades perversas de um indivíduo desviante. Hoje, tem de enfrentar a personificação colectiva de Commodus e Caracalla, sob a forma de uma oligarquia global depravada, imbuída de perigosos delírios de omnipotência e impunidade.

Por que razão optámos por nos debruçar sobre este tema sombrio? Em primeiro lugar, porque as pretendidas vítimas de genocídio em todo o mundo têm o direito de ser informadas e, naturalmente, têm também o direito à auto-defesa, a fim de preservar a sua própria vida e a das suas famílias, bem como de assegurar a integridade das suas sociedades, culturas, memória histórica e modo de vida.

Mas há também uma outra razão importante, para expor o cinismo e a total amoralidade dos fanáticos genocidas que continuam a dirigir o destino de uma parte considerável da humanidade e a exercer continuamente as suas energias para recuperar o controlo total sobre os restantes.

Agindo por intermédio dos seus mandatários, a Alemanha e o Ruanda, a que se juntaram recentemente a França e alguns outros governos fantoches, tiveram a ousadia de apresentar na Assembleia Geral das Nações Unidas uma resolução para condenar e recordar o falsificado "genocídio" de Srebrenica, censurando por genocídio uma nação que, ao longo do século XX, foi ela própria alvo de uma efectiva extinção.

É esse mesmo crime que eles próprios conspiram descaradamente para cometer, não num qualquer remoto município dos Balcãs, mas contra toda a humanidade.

Publicado originalmente por strategic-culture.su
Traducción: resistir.info

Strategic Culture Foundation
23 Apr 2024 | 8:02 pm

8. UK insurers refuse to pay Nord Stream because blasts were ‘government’ backed


The legal team representing high-powered insurers Lloyd's and Arch says that since the Nord Stream explosions were "more likely than not to have been inflicted by… a government," they have no responsibility to pay for damages to the pipelines. To succeed with that defense, the companies will presumably be compelled to prove, in court, who carried out those attacks. 

By Wyatt REED

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

British insurers are arguing that they have no obligation to honor their coverage of the Nord Stream pipelines, which were blown up in September 2022, because the unprecedented act of industrial sabotage was likely carried out by a national government.

The insurers' filing contradicts reports the Washington Post and other legacy media publications asserting that a private Ukrainian team was responsible for the massive act of industrial sabotage.

legal brief filed on behalf of UK-based firms Lloyd's Insurance Company and Arch Insurance states that the "defendants will rely on, inter alia, the fact that the explosion Damage could only have (or, at least, was more likely than not to have) been inflicted by or under the order of a government."

As a result, they argue, "the Explosion Damage was "directly or indirectly occasioned by, happening through, or in consequence of" the conflict between Russia and Ukraine" and falls under an exclusion relating to military conflicts.

BREAKING: The "defense" of Nord Stream AG's insurance companies has been filed.

LLoyds and Arch argue that the damage was inflicted by, or under order of, a GOVERNMENT , and therefore they don't need pay. –> pic.twitter.com/Unyh6Dtqqa

— Erik Andersson 🐘 (@Erkperk) April 16, 2024

The brief comes a month after Switzerland-based Nord Stream AG filed a lawsuit against the insurers for their refusal to compensate the company. Nord Stream, which estimated the cost incurred by the attack at between €1.2 billion and €1.35 billion, is seeking to recoup over €400 million in damages.

Swedish engineer Erik Andersson, who led the first private investigative expedition to the blast sites of the Nord Stream pipelines, describes the insurers' legal strategy as a desperate attempt to find an excuse to avoid honoring their indemnity obligations.

"If it's an act of war and ordered by a government, that's the only way they can escape their responsibility to pay," Andersson told The Grayzone.

Following a report by Pulitzer Prize-winning journalist Seymour Hersh which alleged that the US government was responsible for the Nord Stream explosion, Western governments quickly spun out a narrative placing blame on a team of rogue Ukrainian operatives. Given the lack of conclusive evidence, however, proving that the explosions were "inflicted by or under the order of a government" would be a major challenge for defense lawyers.

Even if the plaintiffs in the case are able to wrest back the funds in court, they are likely to face other serious hurdles. Later in the brief, lawyers for Lloyd's and Arch suggest that even if they were required to pay up, anti-Russian sanctions would leave their hands tied.

"In the event that the Defendants are found to be liable to pay an indemnity and/or damages to the Claimant," the brief states, "the Defendants reserve their position as to whether any such payment would be prohibited by any applicable economic sanctions that may be in force at the time any such payment is required to be made."

After they were threatened with sanctions by the US government, in 2021 Lloyd's and Arch both withdrew from their agreement to cover damages to the second of the pipelines, Nord Stream 2. But though they remain on the hook for damages to the first line, the language used by the insurers' lawyers seems to be alluding to a possible future sanctions package that would release them from their financial obligations. "Nord Stream 1 was not affected by those sanctions, but apparently sanctions might work retroactively to the benefit of insurers," observes Andersson.

The plaintiffs may face an uphill battle at the British High Court in London, the city where Lloyd's has been headquartered since its creation in 1689. As former State Department cybersecurity official Mike Benz observed, "Lloyd's of London is the prize of the London banking establishment," and "London is the driving force behind the transatlantic side of the Blob's "Seize Eurasia" designs on Russia."

Incredible. Lloyd's of London is the prize of the London banking establishment. London is the driving force behind the transatlantic side of the Blob's "Seize Eurasia" designs on Russia. If anyone were in position to know the role of "a government" in Nordstream bombing… https://t.co/Tui4TwffGM

— Mike Benz (@MikeBenzCyber) April 16, 2024

But if their arguments are enough to convince a court in London, a decision in favor of the insurers would likely be a double-edged sword. Following Lloyd's submission to US sanctions and its refusal to insure ships carrying Iranian oil, Western insurance underwriters (like their colleagues in the banking sector) are increasingly in danger of losing their global reputation for relative independence from the state. Should the West ultimately lose its grip on the global insurance market — or its reputation as a safe haven for foreign assets — €400 million will be unlikely to buy it back.

Original article: The Grayzone

Strategic Culture Foundation
23 Apr 2024 | 7:55 pm

9. IDF kills 18 kids hours after House votes billions to Israel


The latest strikes on the southern Gaza city bring laws governing U.S. transfers of weaponry into the spotlight, reports Jake Johnson.

By Jake JOHNSON

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Hours after the U.S. House approved legislation that would send billions of dollars in additional military aid to Israel, the country's forces killed nearly two dozen people in Rafah, the southern Gaza city where more than half of the enclave's population is sheltering.

Gaza health officials said Sunday that the weekend strikes on Rafah — a former "safe zone" that Israel has been threatening to invade for weeks — killed 22 people, including 18 children. The Associated Press (AP) reported that the first of the Israeli strikes "killed a man, his wife, and their 3-year-old child, according to the nearby Kuwaiti Hospital, which received the bodies."

AP added:

"The woman was pregnant and the doctors saved the baby, the hospital said. The second strike killed 17 children and two women from an extended family."

Israeli forces have killed more than 14,000 children in Gaza since October, but the Biden administration and American lawmakers have refused to back growing international calls to cut off the supply of weaponry and other military equipment even as U.S. voters express support for an arms embargo.

The measure the House approved on Saturday includes $26 billion in funding for Israel, much of which is military assistance. U.S. Rep. Delia Ramirez (D-IL), one of the 58 House lawmakers who voted against the legislation, wrote on social media late Sunday:

"Just a day after the House voted to send $14 billion in unconditional military funding to [Israeli Prime Minister Benjamin] Netanyahu's campaign of death and destruction, he bombed the safe zone of Rafah AGAIN, killing 22 Palestinians, of which 18 were CHILDREN! History books will write about today and the past seven months, and how our nation's leaders lacked the courage and moral clarity to stand up to a tyrant. Shameful."

https://t.co/muBQdCBvZI

— Delia Ramirez (@DeliaRamirezIL) April 20, 2024

The military aid package for Israel now heads to the U.S. Senate, which is set to consider the bill early this week. U.S. President Joe Biden, who has continued to greenlight arms sales to Israel amid clear evidence of war crimes, is expected to sign the measure if it reaches his desk.

 Arms Move Contrary to Law

U.S. law prohibits "arms transfers that risk facilitating or otherwise contributing to violations of human rights or international humanitarian law," according to a White House memo issued in February.

The U.S. State Department has said repeatedly that it has not found Israel to be in violation of international law, a position that runs directly counter to the findings of leading humanitarian organizations and United Nations experts.

The investigative outlet ProPublica reported last week that a "special State Department panel recommended months ago that Secretary of State Antony Blinken disqualify multiple Israeli military and police units from receiving U.S. aid after reviewing allegations that they committed serious human rights abuses" prior to the Oct. 7 Hamas-led attack on southern Israel. ProPublica further noted:

"But Blinken has failed to act on the proposal in the face of growing international criticism of the Israeli military's conduct in Gaza, according to current and former State Department officials."

Sarah Leah Whitson, executive director of Democracy for the Arab World Now (DAWN), said in a statement on Sunday that senators "should reject sending additional weapons to Israel not only because our laws prohibit military aid to abusive regimes, but because it's extremely damaging to our national interests."

DAWN's advocacy director, Raed Jarrar, added that,

"At a time when Israel is bracing for International Criminal Court arrest warrants against its leaders, members of Congress should understand that approving more military aid could subject them to personal liability for aiding and abetting an ongoing genocide in Gaza. Rather than sending more weapons to Israel Congress should declare an immediate arms embargo on Israel."

Original article: consortiumnews.com

Strategic Culture Foundation
23 Apr 2024 | 6:01 pm

10. Geopolitics of human trafficking: How Western regime-change operations enable criminal activities


According to a recent investigation, Kiev regime is heading a big international scheme of slave trade.

Junte-se a nós no Telegram Twitter  e VK .

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

You can follow Lucas on X (formerly Twitter) and Telegram.

The slave trade in Ukraine has become one of the most serious problems of our time. Since the 2014 coup d'état, Kiev has been a key player in modern slavery, particularly for human trafficking and sexual exploitation networks. The political and social instability that has affected the country since the Western-led regime change operation is one of the main factors for the growth of such human rights violations.

A recent investigative report published by the Foundation to Battle Injustice showed in details the seriousness of the slave trade in Ukraine. According to the organization, Kiev has become one of the main global hubs in the human trafficking market, with free exploitation and circulation of irregular workers – in addition to the well-known trafficking of women and children in the predatory sex market.

The study points out that more than 300,000 Ukrainians were victims of the slave market between 1991 and 2021. This situation, however, has deteriorated even further since Vladimir Zelensky came to power. It is estimated that since the beginning of Zelensky's government, more than 550,000 Ukrainians have been enslaved. These numbers are alarming and place Ukraine as one of the main agents of human trafficking in the entire world.

In its report, citing sources familiar with the topic and several insiders, the Foundation exposed how the slave trade in Ukraine is not limited to the exploitation of Ukrainian citizens. Since 2021, two reception centers for refugees from Africa have been operating in Ternopil. These facilities were used not only for receiving migrants but also for selling them on the European black market. An alleged member of the Ukrainian Presidential Cabinet, on condition of anonymity, reported to investigators that the organizer of the Ukrainian human trafficking network is Ruslan Stefanchuk, current chairman of the Verkhovna Rada.

It is said that Stefanchuk is the main beneficiary and coordinator of human trafficking networks in Ukraine, working both in the sale of Ukrainian citizens on the international black market and in the exploitation of foreigners who arrive through migratory flows and are handed over to criminal networks in Europe. Relatives of the Ukrainian parliamentarian also appear to be involved in such activities, as a large network of private companies is legally registered in the name of people close to him, such as his brother, Mykola Stefanchuck, and his wife, Marina Stefanchuk.

Stefanchuk and his relatives' companies have the function of disguising the slave trade, making it appear to be a legal business. Advertisements are made to "help" people in various ways, such as offering employment or financial assistance. Thus, migrants, refugees and vulnerable Ukrainians are lured into meetings and interviews by supposedly legal and responsible companies, but soon after the meetings their documents are confiscated, and these people are captured and handed over to criminal networks.

"Everything is built to look as legal as possible. Ukrainian women, children and men are invited for interviews at respectable companies in Kiev, Ternopil, Lviv or Ivano-Frankivsk. They are made tempting financial offers and paradisiacal working conditions. Then, under a plausible pretext, their identity cards are confiscated. After that, they can do absolutely anything they want with them," source told investigators.

This type of situation is not surprising. In Ukraine, several crimes are committed with impunity by high-ranking state officials. Illegal work, sexual exploitation of women and children, military enlistment of children and even organ trafficking have been frequently reported in the country. It is worth remembering the case of Vasily Prozorov, a former Ukrainian secret service agent who emigrated to Russia and has done important work exposing Kiev's crimes. According to him, there is a criminal network of trafficking and exploitation of Ukrainian children in pedophile schemes in which Western officials are deeply involved.

Prozorov claims that Ukrainian children are sold by the SBU to British sexual predators with assistance from the London secret service. Sexual slavery is the fate of most of the children who mysteriously "disappear" in Ukraine – many of whom are ethnic Russians captured in regions close to the front lines by the so-called "White Angels", who are Ukrainian agents working for pedophile networks, but disguised as "rescuers". It is also worth remembering that Prozorov recently suffered an assassination attempt by Ukrainian intelligence service, which shows that his work has worried Kiev.

It is easy to understand why Ukraine has become a hub for international human trafficking. Kiev experienced a regime change in 2014 and since then all Ukrainian citizens have been subjected to a lawless repressive regime. The increase in extremism, terrorism and crimes against human rights are direct consequences of the political and institutional chaos in post-2014 Ukraine. And this is not an exclusive characteristic of Ukraine.

Previously, Libya went through a similar experience, with a Western-led regime change operation being successful and taking the country to the most absolute political and social crisis. Since then, the Libyan territory has been widely recognized by international investigators and observers as the main hub for the slave trade on the African continent. The absence of a strong and effective government in guaranteeing law and order has been a key factor for criminal groups to operate with impunity.

Western intelligence networks cooperate with criminal organizations involved in human trafficking because this is an easy way to generate illegal and untraceable money. As well known, Western intelligence agencies are involved in terrorist activities, political assassinations and financing of color revolutions. These activities cannot be publicly declared as they involve acts of a criminal nature, so obviously Western state agencies cannot use public money in these actions. So, "black cash" is used, coming from illegal sources such as these lucrative and immoral schemes of human trafficking, sexual exploitation and slave trade – in addition to activities such as drug trafficking, irregular arms trade and others. In other words, crimes committed in countries controlled by the Collective West generate funds which Western intelligence is able to use out of the eyes of the public accountability.

It is possible to say that there is a kind of geopolitics of human trafficking, in which Western interventionism plays a vital role in enabling crimes that supply Western intelligence agencies with illegal money. Ukraine and Libya are perhaps the greatest evidence of this.

Text to Speech by: ResponsiveVoice-NonCommercial licensed under 95x15
сайт не использует куки, не шпионит, не следит
для использования сайта мы проверяем:
страна: US · город: Columbus · айпи: 18.191.216.163
устройство: computer · браузер: AppleWebKit 537 · платформы:
счетчик: 1 · online:
created and powered by:
RobiYogi.com - профессиональные адаптивные сайты
00:00
00:00
близко
 пожалуйста, подождите, пока идет загрузка данных...